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Entrevistas

Patrícia Ribeiro – Número 91 Do Ranking World Padel Tour

Patrícia Ribeiro dispensa apresentações. A jogadora natural de Alcobaça é uma referência nacional ocupando, neste momento, o 7º lugar do ranking da federação portuguesa de padel. Um dos seus grandes objetivos para 2022 é melhorar a sua prestação a nível internacional. Estivemos à conversa com Patrícia Ribeiro e o resultado está abaixo – delicie-se com tudo o que esta jogadora já conquistou e com aquelas que são as suas metas para esta época.

Entrevista a Patrícia Ribeiro – Número 91 do Ranking World Padel Tour

P: Olá Patrícia, antes de mais obrigado por teres aceite o convite para esta entrevista. Olhando para o passado, quais consideras que tenham sido os teus melhores feitos no mundo do Padel?

As minhas maiores conquistas a nível nacional são, sem dúvida, os dois títulos de vice-campeã nacional e ter atingido o 1ª lugar do ranking da FPP o ano passado.

A nível internacional, o 3º Lugar no Campeonato do Mundo no Paraguai em 2018, o 2ª Lugar do Campeonato da Europa FEPA em 2019 e o 1ª Lugar no Campeonato da Europa FEPA em 2021. No World Padel Tour tenho de destacar o meu primeiro quadro no Masters de Cascais e os dois oitavos-de-final que consegui o ano passado em dois WPT Challengers.

P: Certamente tinhas fortes objetivos para a época de 2021, sentes que conseguiste realizá-los?

Patrícia Ribeiro com a Cork Padel
Patrícia Ribeiro com Cork

Um dos meus principais objetivos era entrar no top 90 do WPT, onde terminei o ano na posição 91. Em Portugal, tinha como objetivo atingir a final do campeonato nacional, onde infelizmente não consegui, acabando por perder nas meias-finais.

O principal objetivo era a mudança para Espanha para vir treinar com os melhores atletas e treinadores da modalidade. Felizmente, em Setembro consegui a tão desejada mudança.

P: Sabemos estás mais em Espanha do que em Portugal, como geres a questão da jogadora que faz dupla contigo para os eventos nacionais? Vai variando? E para os torneios do World Padel Tour?

Sim. Em Portugal não tenho parceria fixa e de momento não tenho intensões de fixar, pois estou a viver em Madrid e a jogar o circuito WPT que não me permite jogar muitos torneios em Portugal.

No WPT comecei a jogar com uma rapariga espanhola de 16 anos, Letizia Manquillo. Temos um projeto muito bom e ambicioso para esta longa temporada, onde estamos treinar juntas alguns dias por semana e vamos jogar o circuito WPT, o circuito da Federação Madrileña de Padel e alguns torneios em Portugal.

Patrícia Ribeiro e Letizia Manquillo depois da passagem às prévias do Open Miami 2022

P: Conta-nos um pouco de como é o teu dia-a-dia relativamente à preparação para esta época. Quantos treinos fazes por semana? Onde são os treinos? Com quem costumas treinar?

A preparação desta época está a correr bem. Na verdade começou já no final do ano passado. Como os torneios este ano começam mais cedo, iniciei a pré-temporada aqui em Madrid em novembro. Estou a treinar no Euroindoor Moraleja com Juanma Rodriguez, Inigo Lopez e Fabio. Estou a fazer uma média de 7/8 treinos de padel por semana, 5 treinos de físico e 2 jogos. Treino com muitas pessoas diferentes, rapazes, raparigas e duas vezes por semana com a minha parceira.

P: Tal como deves ter tido objetivos para a época passada, certamente que esta temporada não será diferente. Tens alguma grande meta a atingir neste ano? Se sim, qual?

A nível nacional o grande objetivo que tenho é representar Portugal no Campeonato do Mundo. A nível individual é jogar alguns torneios 5.000 e 10.000 e terminar o ano no top 8 português. A nível internacional é terminar o ano no top 75 WPT.

Letizia Manquillo e Patrícia Ribeiro

P: Para ti, qual é a razão para a diferença de qualidade e de dimensão entre Portugal e Espanha? Achas que existe algum caminho a seguir para nos irmos aproximando dos nossos vizinhos?

Em Portugal, na minha opinião, pecamos pelo pouco investimento nas camadas mais jovens e isso começa-se a sentir pois as nossas seleções estão a ficar um pouco envelhecidas e com muita necessidade de jovens. Em comparação com Espanha é absurdo, a quantidade de jovens com imenso talento é surreal. Penso que em Portugal nos falta mais cultura de desporto de alta competição, melhores condições, maiores apoios e maiores investimentos.

A nível de padel ainda estamos longe de Espanha, que leva um grande avanço em número de anos em relação a Portugal.

Não se esqueça que pode ler mais testemunhos de outros jogadores nacionais na área de entrevistas. Tanto Pedro Graça como Henrique Barbosa já conversaram com o Vinte por Dez!

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